Paradoxos

"Leitor. Pergunta-lhe agora mesmo em que parte do corpo a ausência das palavras tem a força de uma multidão? A que distância os gomos de neve se deixam morder pelo sol quando nos faltam garfos para levar o sono à boca? E já agora leitor diz-lhe que o poema não se agarra com os lábios. Que os nossos passos embora dançados de cansaço hão-de sacudir sorrisos em véspera de poesia. Em toda a parte."

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