De repente, mas já há muito:



Sinto saudades daqueles abraços bem dados. Sinto saudades de quando te dava a mão, fazia pequenos movimentos, tu respondias com pequenos movimentos e tal enchia-nos o coração de boas recordações, enquanto olhava-mos pela janela mundos diferentes (ou talvez iguais).
Sinto saudades de palavras bem oferecidas, marchando caminhos desconhecidos desde o nosso palpitar cardíaco até à nossa boca. Sinto saudades dessas palavras que nos beijavam de mansinho a testa.



Sinto saudades de tardes de corridas para mais uma frase, de telefonemas desesperados ou simplesmente porque era o "apetite da hora", de gargalhadas por causa das tuas letras rapidamente encriptadas.

Sinto saudades de "não sentir saudades". Sinto saudades de não ter medo do fim que se aproxima.
(Odeio fins que não controlá-mos.)