Sentada na Cadeira

Começa devagar,
entrelaçando pequenos cabelos, brilhando nos olhos, agarrando mãos, juntando corações. Depois avança, mete punhos à boca, vendas nos olhos, farpas nas pernas. Encurrala-te parcialmente, embebeda-te em sonhos negros, puxa-te a respiração para o zero. Sufocas. Mais. Agarra-te membros, puxas, não mexes. Pega-te de pontas a pontas, dita-te já pegadas para os próximos passos, arranca-te roupas, faz-te bobo de corte, pau mandado.


Estou aí, estou ali. Dois conjuntos, demasiado disjuntos. Puxam-te com corda e lencinho, aqueles meus para a esquerda, aqueles meus outros para a direita. Quem sabe, quem não sabe. Quem conhece, quem não conhece. Quem amo e quem eu amo também.

{ I hate nightmares, don't repeat it one more time. But it's happening... again, and again, and again. }